sábado, 4 de setembro de 2010

Ensaio Sobre a Maldade.

Primeiro ato.

Li em algum blog que nada é mais humano do que a maldade.


Sem consultar nada, entendo maldade como algo praticado com o objetivo de produzir dor em alguém ou em algo. Este algo, criatura ou ser vivo.

O que tem de humano na maldade?

Essa pergunta surgiu por que os termos “humano” e “maldade” são antagônicos.

Por isso questionei e questiono novamente: o que há de humano na maldade.

Deus fez o homem.

Quem fez a maldade?

Nessa minha fase da vida, vi muita maldade acontecer. Inclusive, comigo.

Hoje não tenho ressentimentos causados pelas maldades sofridas, apenas lamentos. Ninguém deseja a maldade.

Mas vi e vejo, constantemente. A maldade está em todo o lugar, em muitos olhares, muitos pensamentos.

A maldade coabita, coexiste, respira e acompanha muitos, em muitos lugares.

Não há quem vença a maldade.

O Único Vencedor da maldade deixou na Terra a obra de amor e dos seus amados, recebeu a condenação de morte. Paradoxo?

Amor, humano. Maldade, desumana.

Maldade com os filhos: desamor, egoísmo, falta de companheirismo e carinho, falta de atenção. Resumo: faltou amor, faltou tudo.

Maldade com cônjuge: indiferença, intolerância, soberba. Falta de paciência. Falta de amor.

Maldade com irmãos: fratricídio. Este foi o primeiro. Foi só símbolo das outras maldades.

Crueldade.

Queimar gato, estourar sapo, decapitar pássaro. Arrancar a pele do bicho vivo. Abater diante do olhar do outro. Pôr para brigar. Amarrar. Prender.

Tragédia de guerra. Essa está na cabeça do maldoso.

Estuprar, saquear, roubar... alimentar-se da agonia do ferido de morte, negar o tiro de misericórdia.

Maldade velada, no seio da família.

Criança rejeitada, exigida a ser adulta. Infância negada.

Olhar indefeso, não há montes para onde se elevar os olhos e pedir socorro.

Amar e não ser amado. Essa dor já se faz presente nos primeiros anos de muitos. Maldade de quem deveria amar o amor puro.

Pois bem, ainda tenho muito a considerar sobre a maldade.

Tenho este escrito somente como introdução de um longo assunto.

Se entrarem comentários, conversaremos sobre esse assunto sombrio.

Abraços.